quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

2017, um ano de revolução


Mais um ano se aproxima do fim e, como é habitual, torno-me introspectiva e faço um balanço sobre a minha vida. Nesta quadra revivo intensamente o passado que me construiu e fez de mim quem sou. Relembro todos os que partiram, deixando um vazio físico no meu quotidiano, apesar de senti-los muito presentes todos os dias. Volto a ouvir as suas gargalhadas, as nossas conversas, os seus ensinamentos... consigo ver cada pormenor dos seus rostos e o brilho nos seus olhares. A cada ano que finda, homenageio quem já me deixou e me transmitiu os valores que regem a minha vida.  Quantas saudades sinto de todos eles! A vida deve ser celebrada, mesmo com estas ausências, pois todos fizeram parte dela, até um dia, e enriqueceram a minha existência incomensuravelmente.
O ano de 2017 foi algo indescritível. Passei por quatro escolas distintas, tive muitos alunos - todos diferentes - e trouxe comigo um palmo de amizades, boa gente que enriqueceu um pouco mais o meu caminho e aglutinei com carinho ao meu mundo. Diferentes vivências e novas descobertas conduziram-me a um autoconhecimento intrínseco e mais profundo. Valorizei-me muito como mulher e melhorei a minha autoestima.
Mas nem tudo foi agradável. Passei por uma exclusão nos concursos de professores que me revoltou imenso. Foram meses de indefinição a lutar por uma causa que não foi apenas minha. A determinada altura abria o meu mundo a mais mundos - aqueles que como eu aguardavam um desfecho numa saga de loucos. Passaram a fazer parte da minha vida e aprendi que a solidariedade entre colegas nos permite pequenas conquistas, pequenas para alguns, mas enormes para nós. Mais um grande punhado de amizades que levarei pela vida.
Fui colocada administrativamente em finais de outubro. Não estou só, a Elizabete está comigo. Duas excluídas colocadas na mesma escola, foi caso único! Juntas ultrapassamos obstáculos e lutamos pelo nosso lugar. Neste momento, posso dizer que já conheci quem será importante trazer comigo quando o ano letivo terminar. Todos os anos o mesmo desfecho: deixo um bocadinho de mim e trago um bocadinho de outros.
Se pudesse resumir 2017 a uma palavra escolheria revolução. Uma revolução positiva em todos os aspetos da minha vida, o trampolim para um ano de transformação e mudança que vislumbro para 2018.
Para o próximo ano prometo não me desiludir, prometo ser fiel a mim mesma e aos meus sentimentos. Darei o melhor de mim e abrirei novos caminhos que percorrerei acompanhada por quem me quer bem.

A todos vós que fazeis parte do meu mundo, da minha história…
Um 2018 doce, tranquilo e luminoso!

Sejam felizes!

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