quinta-feira, 23 de julho de 2015

Parabéns, meu amor!


Hoje é o aniversário do Diogo, faz nove anos que o nosso filhote nasceu. Lembro-me, como se fosse hoje, das dores das contrações que no momento me atordoavam os sentidos e me tornavam um pouco resmungona. A minha mãe, com o intuito de me ajudar a tornar o momento mais suportável dizia "Calma, Ticha. Isso já vai passar..." e eu sentia-as a conquistar terreno e a tornar o meu corpo cada vez mais dorido. Eu tentava lutar contra elas mas de nada servia... tentava ignorá-las e de nada adiantava. Torcia-me toda. Cada contração que se seguia era mais forte, mais avassaladora. A determinada altura, doida com aquelas dores e ansiosa por ter o meu filho nos meus braços, arregalei os olhos e respondi "Mãe, já não te posso ouvir!". Cerca de duas horas mais tarde, a enfermeira parteira deu-me a boa notícia "Está na hora de ver o seu filho!". Passaram poucos minutos e nascia o Diogo, o meu tesouro. Foram-se as dores, esqueci-as imediatamente. Aquele momento, em que via o ser que albergava dentro de mim e só conhecia pelas ecografias, tornara-se o mais importante. Tornara-se o centro do meu mundo. Olhei para ele, tirei-lhe a fotografia mental, e peguei-o nos meus braços. Meu Deus! Como é bonito ser mãe!
Passaram nove anos... até custa acreditar. Nesta sua curta vida já travou batalhas muito dolorosas - sentiu-as na própria pele - mas venceu-as sempre com um sorriso nos lábios. Tem sido para nós, pais e família, um exemplo de luta e superação. Os obstáculos vão sucedendo-se e sendo ultrapassados, um de cada vez e ao seu ritmo. O meu filho é o meu herói, o herói de todos nós!
Muitas vezes, surpreendo-me e sou surpreendida, por quem me acompanha, a observá-lo... a admirá-lo... a pensar como poderia ser diferente a sua vida, mas por que razão? O meu filho é uma criança extremamente feliz! Tem uma vida completamente normal e não sofre quaisquer restrições. É livre! Corre, cortando o vento, salta e ultrapassa barreiras supostamente intransponíveis, desafia a ordem dos acontecimentos e dá luta à vida. É nele que nos revigoramos, que ganhamos forças para novos embates. O Diogo é o Sol que ilumina as nossas vidas, é o nosso farol em tempos turbulentos e a chama reconfortante que nos assegura que a vida vale a pena ser vivida, intensamente e simplesmente... e o meu maior desejo é que levante voo... voe bem alto ao sabor do vento. Voa, meu filho!

Parabéns, meu amor! Amo-te daqui até à Lua! 

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